Pode ou não pode? 7 mitos e verdades sobre sexo na gravidez

O sexo pode ser um assunto delicado em muitas situações, e na gestão não é diferente. Medo de machucar o bebê, causar um parto prematuro ou fazer algum mal à saúde da gestante são alguns dos motivos que podem levar um casal a questionar a possibilidade de mantê-lo ou não durante a gravidez.
Na dúvida, é importante ter em mente que apenas uma boa comunicação entre o casal e o obstetra, durante o pré-natal, pode trazer orientação de qualidade para desmistificar esse assunto.
Se você quer saber mais sobre o sexo na gravidez, suas contraindicações e benefícios, está no lugar certo. Neste conteúdo você pode descobrir tudo isso e ainda conhecer alguns mitos e verdades.
E aí, vamos nessa com a gente?
Pode fazer sexo na gravidez?
Várias dúvidas aparecem na cabeça da mulher nesse momento e, por isso, muitas preferem abdicar da atividade sexual, mesmo que ainda sintam desejo.
Se esse é o seu caso, saiba que o sexo na gravidez é permitido, desde que não haja contraindicação do seu médico obstetra e seja algo que você queira e se sinta confortável.
Ainda assim, é comum que ocorra alterações na libido, por isso talvez você não queira ter relações em alguns meses gestacionais.
No primeiro trimestre, a vontade pode ser menor devido à ansiedade e outros sintomas típicos da gravidez, como cansaço, enjoos, vômitos e mal-estar. No segundo, os sintomas que diminuem a libido da mulher pode voltar ao normal.
Porém, no último trimestre, é possível que o desejo sexual volte a cair devido à ansiedade pelo nascimento do bebê e os desconfortos da reta final de gestação.
Sendo assim, é fundamental conversar com o seu parceiro ao longo dos 9 meses. Juntos, vocês podem decidir manter ou não essa prática e, caso optem por seguir com ela, buscar maneiras de deixá-la mais confortável.
Lembre-se: sua vontade enquanto gestante deve ser sempre o ponto de partida. Caso não se sinta à vontade ou com desejo, a relação sexual não deverá acontecer.
Tem contraindicações?

Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, o sexo na gravidez tem contraindicações e, mesmo quando liberado pelo médico, é preciso tomar alguns cuidados especiais durante esse período.
Não será possível manter a prática caso sejam levantados os seguintes diagnósticos pelo obstetra:
- Risco comprovado de aborto, condição diagnosticada até o terceiro mês;
- Insuficiência de progesterona;
- Ameaça de parto prematuro;
- Colo de útero curto ou dilatado;
- Placenta prévia;
- Infecção;
- Pré-eclâmpsia;
- Sangramento vaginal sem justificativa;
- Sinais de parto;
- Relatos de desconforto da grávida ou dores pélvicas.
Mesmo quando a relação com penetração é liberada pelo obstetra, vale ressaltar a adoção de alguns cuidados extras. Os médicos alertam para posições sexuais muito ousadas. Elas não são recomendadas, assim como movimentos bruscos.
Prefira posições em que você fique mais confortável. Algumas das mais bem aceitas pelas gestantes, nesta fase, são quando o homem fica por cima (enquanto a barriga da parceira permitir), ou posições laterais e invertidas, quando a mulher fica por cima.
O uso de preservativos, principalmente nos últimos meses, também se torna obrigatório, para evitar a contaminação da bolsa amniótica.
Pode trazer benefícios ao parto?
Muitas pessoas afirmam que o sexo na gravidez ajuda no parto normal. Isso pode ocorrer, pois durante a relação sexual a mulher exercita os músculos da vagina. E não tem nada melhor do que uma boa musculatura pélvica na hora do parto normal.
Mas, além desse benefício, os momentos de intimidade são ótimos para fortalecer a conexão emocional do casal, além de liberar endorfina, hormônio que melhora o bem-estar.
7 mitos e verdades sobre o sexo na gravidez

Cansada de ver informações sobre sexo na gravidez e não saber se são mitos ou verdades? Para acabar com a desinformação, reunimos aqui as principais afirmações sobre o assunto a fim de te mostrar o que é mesmo verdade. Acompanhe:
1- Durante o ato sexual o pênis encosta no bebê
Mito. Essa é uma das preocupações mais comuns de casais que aguardam pela chegada de um filho.
Se você também tem esse medo, não há por que se preocupar, isso porque o colo do útero é composto por um tecido bastante rígido, com até 5 centímetros de espessura, localizado na extremidade inferior da vagina.
Esse tecido, junto com o líquido amniótico, protege o seu bebê durante a relação sexual.
2- O sexo induz o trabalho de parto
Mito. O orgasmo, presente em atos sexuais com ou sem penetração, libera ocitocina, um hormônio que atua nas contrações uterinas. No entanto, se a gravidez estiver correndo de forma saudável, as contrações são bem toleradas e não provocam o parto.
3- A gravidez facilita o orgasmo feminino
Verdade. Durante a gravidez a lubrificação da vagina aumenta, assim como o volume de sangue irrigado para a região. Isso faz com que a mulher fique mais sensível, chegando mais facilmente ao orgasmo.
4- É possível engravidar já estando grávida
Verdade. Apesar de extremamente raro, a condição é chamada de superfetação e acontece quando há gestações duplas com idades gestacionais diferentes para cada bebê. O resultado disso são gêmeos bivitelinos com idades diferentes (meses).
5- Na gravidez, a mulher tem mais vontade de fazer sexo
Mito. Essa informação pode até ser verdadeira para algumas mulheres, mas não é uma condição universal.
Com as alterações hormonais, físicas e emocionais, é comum que haja variações na libido. O resultado disso é um apetite sexual maior ou menor, dependendo do período gestacional.
6- Gestantes devem fazer xixi após o sexo
Verdade. Essa é uma prática recomendada não só para mulheres que estão grávidas, mas também para as que não estão. Porém, nas gestantes, o risco de infecções urinárias é muito maior.
Então urinar depois da relação é uma boa maneira de limpar a uretra, orifício por onde sai a urina e que fica localizado logo acima da entrada da vagina.
7- Após o parto normal, deve-se evitar ter relação sexual
Verdade. Após 9 meses de gestação, todo o sistema reprodutor feminino leva um tempo para voltar ao seu estado inicial.
A recomendação dos médicos é que as mulheres fiquem 40 dias sem praticar ato sexual com penetração, pois, além de doloroso, o sexo nesse período pode causar infecção uterina.
Se você está esperando um filho, e ainda tem muitas dúvidas sobre sexo na gravidez ou outros assuntos, lembre-se que o médico obstetra é o profissional mais indicado para te dar informações confiáveis sobre essa fase.
Você pode agendar uma consulta aqui no dr.consulta pelo site ou app. É muito simples, escolha uma unidade de sua preferência e conte com médicos qualificados para te acompanhar. Estamos te esperando!
Fontes:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia