Saiba mais sobre sintomas e tratamentos para arritmia

Compreender com mais clareza quais são os sintomas e tratamentos para arritmia é fundamental, principalmente quando se considera que essa é uma alteração que atinge mais de 20 milhões de brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas.
Embora represente sérios riscos à saúde, o diagnóstico precoce e a orientação sobre como cuidar do coração são capazes de contribuir com a qualidade de vida de modo satisfatório.
Entenda o que define uma arritmia cardíaca
Na prática, esse é um distúrbio em que o coração não trabalha no ritmo adequado, batendo rápido demais, mais lento do que o esperado ou de forma irregular.
Isso deve sempre considerar que o órgão central do sistema cardiovascular tem o papel de bombear sangue pelo corpo todo. Para isso, uma série de pulsos elétricos percorre um sistema específico que funciona como uma “fiação elétrica” composta por células e nervos.
Essa rede é responsável por gerar e levar os sinais que controlam a abertura e o fechamento das estruturas internas do coração. Quando há falhas nesse mecanismo — seja na geração ou condução dos impulsos — o compasso se desregula.
O desarranjo pode surgir tanto em repouso quanto durante momentos em que há maior exigência física do organismo.
Os principais tipos de arritmia
Existem várias classificações para essa condição. Elas funcionam de acordo o tipo de oscilação no ritmo e a região do coração afetada, conforme as descrições abaixo.
- taquicardia, onde o ritmo das batidas se torna indevidamente acelerado (geralmente acima de 100 batimentos por minuto);
- bradicardia, em que os batimentos ficam mais lentos do que o normal (menos de 60 por minuto em repouso);
- fibrilação atrial e ventricular, nas quais os batimentos irregulares nos átrios ou ventrículos (câmaras superiores e inferiores do coração, respectivamente), fazendo com que o coração “trema” e não pulse adequadamente;
- extrassístoles, em que há batidas adicionais ou fora de ritmo, percebidas como “pulos” no coração.
Cada uma dessas formas tem origens e impactos diferentes, o que reforça a importância da supervisão de um cardiologista capacitado diante de qualquer suspeita.
As causas mais comuns dessa alteração cardíaca
Diversos fatores influenciam no aparecimento de uma arritmia e não é fácil delimitar apenas um deles.
De todo modo, os especialistas concordam que ela pode ser provocada por condições estruturais relativas ao órgão ou questões metabólicas, frequentemente atreladas a disfunções crônicas. Abaixo estão listados alguns desses elementos:
- cicatrizes no músculo cardíaco causadas por um infarto;
- obstruções nas artérias coronárias;
- hipertensão não controlada;
- níveis elevados de colesterol e de glicose no sangue;
- disfunções na tireoide, como o hipertireoidismo;
- distúrbios do sono, como a apneia;
- alterações profundas nas concentrações de minerais como potássio, cálcio ou magnésio.
Hábitos do cotidiano somados ao longo da vida também interferem no funcionamento do coração. Merecem atenção questões como:
- consumo excessivo de álcool e de cafeína;
- uso de drogas estimulantes e medicamentos sem prescrição;
- tabagismo;
- exposição constante a situações de estresse.
O Cartão dr.consulta consegue ser parte do cuidado contínuo, garantindo acesso a exames e especialidades médicas que possibilitam o cuidado com a saúde cardiovascular de modo integral, sempre com preços diferenciados.
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Os sinais de alerta que exigem atenção
Um dos principais desafios das arritmias é o fato de que muitos indivíduos não apresentam sintomas, ou percebem sinais vagos e passageiros por muito tempo.
Às vezes, demora meses ou anos para que o incômodo se torne uma questão relevante. Para evitar que isso aconteça, vale a pena estar atento a alterações como:
- sensação de batimentos acelerados ou lentos demais;
- pressão ou desconforto no peito;
- dificuldade para respirar;
- tontura ou sensação de desmaio iminente;
- palidez, suor frio e fraqueza súbita.
Esse conjunto de queixas é motivo de preocupação especialmente quando ocorre com frequência ou durante atividades com esforço leve.
Nos cenários em que houver perda de consciência, dor ou falta de ar muito acentuada e descompasso muito grande no batimento cardíaco, a procura por atendimento emergencial precisa se ocorrer o quanto antes.
Como é feito o diagnóstico médico
A confirmação exige avaliação clínica detalhada. O profissional responsável por fazer essa investigação poderá solicitar os seguintes exames:
- eletrocardiograma, recurso relativamente comum que registra a atividade elétrica do coração e detecta irregularidades;
- Holter 24h, que monitora as batidas ao longo de um dia inteiro através de um dispositivo específico, útil para flagrar descompassos intermitentes ou aquelas mais sutis;
- ecocardiograma, que registra imagens detalhadas da estrutura e do funcionamento das câmaras cardíacas;
- teste ergométrico, em que o comportamento do ritmo cardíaco é avaliado perante um esforço físico;
- estudo eletrofisiológico, que mapeia o circuito elétrico do coração em busca de falhas, especialmente em casos graves.
Essas ferramentas são as melhores soluções para identificar o tipo, a origem e a gravidade da arritmia, permitindo uma conduta terapêutica personalizada.

Opções de tratamentos para controlar a arritmia
As terapias adotadas variam conforme a intensidade do episódio e os riscos associados. As abordagens mais eficientes contam com os seguintes recursos:
- medicações antiarrítmicas para regular os batimentos irregulares;
- cardioversão (desfibrilação), em que uma corrente elétrica é aplicada para restaurar o ritmo normal;
- ablação por cateter, cirurgia minimamente invasiva que corrige os tecidos incapazes de conduzir o impulso elétrico adequado;
- colocação de marcapasso, dispositivo voltado a regular o trabalho do órgão, principalmente em casos de bradicardia;
- desfibriladores implantáveis, indicados para pessoas com alto risco de parada cardíaca súbita.
O sucesso dessas intervenções depende da supervisão médica contínua e de ajustes baseados na resposta do paciente ao tratamento, o que muitas vezes envolve repetir exames periodicamente para ver se tudo está bem.
Medidas que ajudam na prevenção e no controle
Apesar de alguns casos terem origem genética, é possível adotar ações que diminuem o risco ou evitam a piora do quadro:
- manter o controle da pressão arterial e dos níveis de açúcar no sangue;
- evitar bebidas alcoólicas e cigarro;
- adotar uma alimentação equilibrada;
- praticar exercícios físicos de modo leve a moderado, de preferência com acompanhamento;
- gerenciar o estresse com apoio psicológico, técnicas de relaxamento ou grupos de apoio.
Conhecer mais sobre sintomas e tratamentos para arritmia é um passo importante para garantir um coração saudável e prevenir complicações. Entre algumas das mais comuns estão o acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, cardiopatias e paradas cardiorrespiratórias.
Fontes: