Entenda quem pode tomar a vacina da gripe e seus benefícios

A gripe é uma infecção que pode ocorrer o ano todo. Mas é durante o outono e o inverno, entre os meses de junho e agosto, que os casos se intensificam no Brasil e, por isso, é preciso se proteger antecipadamente.
Dados provisórios do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe) estimam que no ano de 2023 a proporção de pessoas que desenvolveram a doença no município de São Paulo, uma das cidades mais populosas do Brasil, seja de 0,04%. Esse baixo índice se deve à imunização anual, que protege contra formas graves da gripe.
Apesar de uma parcela da população considerar o vírus influenza inofensivo, ele pode causar complicações como pneumonia, sinusite, desidratação, asma e o agravamento de doenças crônicas.
Nesse sentido, a vacinação se torna fundamental, já que mantém o sistema imunológico preparado para responder à infecção e prevenir contra possíveis agravos.
O que é a vacina da gripe?
A vacina da gripe é preparada a partir de uma seleção de subtipos do vírus, chamadas de cepas, causadores de surtos em todo o mundo com objetivo de defender o indivíduo.
A versão do antígeno (proteínas do vírus inativo) de 2023 oferece proteção também contra o H1N1, responsável pelo surto de gripe de 2021, e além disso estimula o organismo a produzir anticorpos contra a cepa Darwin (H2N3).
Ao ser aplicada no braço, a pessoa é exposta a uma pequena dose do agente infeccioso inativado. Por isso é improvável desenvolver a enfermidade a partir da imunização.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a aplicação anual, antes das “estações da gripe” por dois motivos:
- os vírus sofrem diversas mutações em um curto espaço de tempo e as vacinas precisam se atualizar, adicionando novas cepas para garantir máxima proteção;
- os anticorpos criados pelo nosso organismo diminuem com o passar do tempo e, por esse fato, precisam de um reforço.
Como é feita?
A composição dos imunizantes aplicados nos brasileiros varia todo ano, sempre a partir dos novos tipos de cepas que circularam previamente no outono/inverno do hemisfério norte (primavera/verão no Brasil).
A vacina do tipo trivalente, por exemplo, protege contra a gripe A (H1N1 e H3N2), além de um tipo de influenza B. Já a quadrivalente garante defesa contra a gripe A (H1N1 e H3N2) e dois tipos de influenza B.
Vale lembrar que nenhuma delas é capaz de imunizar o organismo contra o coronavírus, o agente causador da Covid-19. Para isso, é necessário tomar a vacina específica da Covid-19, que é disponibilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Quem pode tomar?

Todos que não possuem hipersensibilidade aos componentes podem tomar a vacina da gripe. O imunizante só é contraindicado para pessoas com alergia a:
- ovo (ovalbumima e proteínas de galinha);
- formaldeído;
- brometo de cetiltrimetilamônio;
- polissorbato 80 ou gentamicina.
O Ministério da Saúde incentiva a vacinação preventiva para qualquer indivíduo, inclusive para crianças a partir dos 6 meses de vida (principalmente aquelas de maior risco para infecções respiratórias).
No entanto, existem grupos de pessoas consideradas prioritárias, uma vez que apresentam maiores chances de entrar em contato com o agente que causa a patologia e apresentarem complicações. São eles:
- crianças entre 6 meses e 5 anos;
- pessoas com mais de 60 anos;
- mulheres grávidas;
- puérperas (mulheres até 45 dias pós-parto);
- profissionais de saúde;
- profissionais do sistema prisional;
- profissionais do transporte coletivo;
- trabalhadores portuários;
- professores;
- população indígena;
- pessoas com imunidade comprometida, como portadores de HIV ou câncer;
- pessoas com doenças crônicas como diabetes, bronquite, asma ou outras com risco clínico;
- portadores de trissomia como, por exemplo, síndrome de Down;
- adolescentes que vivem em instituições socioeducativas;
- população privada de liberdade.
Qual a dosagem correta?
A dosagem é similar para os diferentes grupos etários. Os adultos e os indivíduos de 6 meses a 17 anos devem receber uma única dose de 0,5 mL. O que pode diferenciar, entretanto, é o número de doses que cada pessoa recebe.
E quantas doses devem ser aplicadas?
As recomendações para o número de doses da vacina que uma pessoa tem que tomar estão relacionadas com a faixa etária:
- para crianças entre 6 meses e 9 anos: duas doses na primeira vez em que forem vacinadas (primovacinação) com intervalo de um mês entre elas;
- para indivíduos a partir de 10 anos: dose única anual.
Para adultos e idosos é primordial que a vacina seja tomada, pelo menos, 1 vez a cada 12 meses.
4 benefícios dessa vacinação

Os efeitos da vacina começam, em média, após 2 semanas da aplicação, ou seja, esse é o intervalo de tempo necessário para o organismo começar a produzir os anticorpos.
Tomar a vacina ajuda mesmo? A resposta é sim. Entre os 4 principais benefícios para quem é imunizado com a vacina da gripe são:
1. Prevenção para o organismo
Ao tomar a vacina da gripe você contribui para que a defesa do seu corpo esteja pronta para possíveis contatos com o antígeno causador da doença. É uma forma de resguardar a própria saúde e, acima de tudo, prevenir-se.
2. Redução no número de hospitalizações
A imunização evita milhares de hospitalizações todos os anos no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2019 e 2020, a vacinação contra a gripe evitou cerca de 105 mil hospitalizações.
Vale lembrar que organismos desprotegidos e com baixa imunidade são também mais propensos a outras doenças.
3. Diminuição do risco de morte
Mesmo com a proteção, a gripe pode apresentar sintomas mais fortes naquelas pessoas que fazem parte dos grupos de risco.
Nesses casos, quando é necessária a hospitalização, as admissões nas UTIs (unidades de terapia intensivas) e o tempo de permanência nos hospitais são reduzidos. O risco de morte também diminui.
4. Proteção de grupos vulneráveis
Uma ampla cobertura vacinal contra a gripe é a forma mais eficaz de diminuir a circulação do vírus. Assim, não é uma proteção apenas individual, mas para toda a sociedade.
Quais são os efeitos colaterais?

Os possíveis efeitos colaterais são, em sua maioria, muito leves. Quase todas as pessoas que se vacinam não sentem nada após a aplicação, mas quando sentem os desconfortos costumam ser:
1. Reações locais
Dor, vermelhidão e inchaço local são as reações mais relatadas. Nesse sentido, a aplicação de compressas frias na região pode trazer alívio.
Se for acompanhada de perda de movimento ou lesões extensas o médico deverá ser acionado.
2. Dor de cabeça, músculos e nas articulações
Também pode ocorrer fadiga, dor no corpo, músculos, articulações e na cabeça. Normalmente, esses sintomas surgem cerca de 6 a 12 horas após a aplicação e costumam melhorar sozinhos.
Procure ficar em repouso e beba muito líquido. Se necessário, tome analgésicos prescritos por um profissional da saúde.
3. Febre, calafrios e transpiração excessiva
Sintomas transitórios como febre, calafrios e transpiração além do normal também podem surgir, mas desaparecem naturalmente em até 2 dias.
4. Outras reações
Como outras reações pouco comuns, mas que podem aparecer, existem:
Onde posso encontrar a vacina da gripe?
A vacinação contra a gripe está disponível no SUS e na rede privada, inclusive aqui no dr.consulta.
A rede pública oferta a vacina da gripe inicialmente para os públicos prioritários, enquanto a da rede privada é oferecida para qualquer pessoa a partir dos 6 meses, desde que não haja nenhuma contraindicação.
Assim, se você deseja agilidade na imunização, a vacina da gripe aplicada aqui no dr.consulta, que é tetra/quadrivalente, é uma opção, estando disponível nas unidades Tatuapé (Shopping Boulevard Tatuapé), Guarulhos e Taboão da Serra.
O serviço também está disponível para vacinação domiciliar, para atendimento na sua casa ou local de trabalho (onde preferir):
Fontes: