O que pode causar a menstruação excessiva

A menstruação excessiva, também chamada de hipermenorreia ou menorragia, é aquela em grandes quantidades – supera os 80ml, o que equivale a cinco ou seis colheres de sopa, de um período menstrual normal, ou seja, o absorvente fica cheio de sangue em no máximo uma hora, além de durar mais tempo do que o habitual.
A menstruação é considerada excessiva:
- Quando a quantidade de sangue obriga a troca de um absorvente a cada hora;
- Quando a mulher acorda no meio da noite para trocar o absorvente;
- Quando os períodos menstruais são maiores do que sete dias;
- Quando há grandes coágulos de sangue no fluxo menstrual;
- Quando há dor ou cólica na região inferior do abdômen durante os períodos menstruais.
Causas da menstruação excessiva
- Uso de dispositivos intrauterinos;
Desequilíbrio hormonal dos níveis de estrogênio e progesterona; - Disfunção dos ovários, como falta de ovulação;
Níveis elevados de prostaglandinas, substâncias químicas que ajudam a controlar as contrações musculares no útero; - Níveis elevados de endotelinas, substâncias químicas que ajudam os vasos sanguíneos a dilatar;
- Endometriose;
- Doença inflamatória pélvica;
- Fibromas uterinos (tumores não cancerosos que se desenvolvem nos músculos do útero);
- Gravidez anormal (ectópica, aborto espontâneo);
- Infecções, tumores ou pólipos do colo ou da cavidade uterina;
- Distúrbios de coagulação ou das plaquetas sanguíneas;
- Doença hepática, renal ou da tireoide;
- Síndrome dos ovários policísticos;
- Doenças suprarrenais e hiperprolactinemia (níveis sanguíneos aumentados da hormona prolactina);
- Cânceres de útero, dos ovários ou do colo do útero;
- Quimioterapia;
- Uso de medicamentos como anticoagulantes ou alguns anti-inflamatórios não esteroides, pois podem interferir
- na coagulação sanguínea;
- Obesidade.
Diagnóstico e tratamento da menstruação excessiva
Além do exame clínico, o médico pode solicitar exames de sangue, Papanicolau, ultrassonografia pélvica ou biópsia. Se a mulher tem menstruação excessiva quando começa a menstruar, ou, ao contrário, quando está chegando perto da menopausa, os sangramentos podem passar espontaneamente. Nos demais casos, o tratamento costuma ser feito com anticoncepcionais orais, anti-inflamatórios, hormônios de uso oral ou ainda com a implantação de um dispositivo intrauterino. Caso nenhum desses tratamentos tenha resultado, pode ser necessário cirurgia. O médico também pode indicar suplementos de ferro se o sangramento for tão intenso que chega a causar hemorragia.
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