Lúpus: 5 fatos que você provavelmente não sabia

No dia 10 de maio é celebrado o Dia Internacional de Atenção à Pessoa com Lúpus. Para ajudar a esclarecer algumas dúvidas comuns sobre o assunto, vamos aproveitar para falar dos fatos sobre essa condição. Confira!
O lúpus é uma doença crônica e autoimune que pode afetar qualquer parte do corpo desde a pele até as articulações e pode atingir todas as raças, etnias, gêneros e idades.
O lúpus provoca uma verdadeira guerra no corpo humano. Os anticorpos liberados pelo sistema imunológico, ao invés de protegerem o corpo da doença e da infecção, identificam de forma errada o tecido, as células e os órgãos saudáveis como invasores estranhos e os atacam, causando inflamações.
Por isso, o lúpus é definido como uma doença autoimune, que é justamente quando o sistema imunológico ataca o próprio corpo.
Cinco fatos que você provavelmente não sabia sobre o Lúpus
Veja agora os cinco principais fatos que você precisa saber:
1 – Geralmente os pacientes buscam ajuda por apresentarem manchas na pele, principalmente no rosto, além de sentirem dores articulares e febres
O primeiro grande fato sobre o lúpus e que ainda gera muita curiosidade, diz respeito ao caminho entre a suspeita da doença até o diagnóstico.
Essas queixas que levam os pacientes ao consultório são pistas, mas o diagnóstico não é fácil e depende de uma série de exames, geralmente de sangue.
Os sintomas do lúpus podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva – em meses – ou mais rapidamente e variam com fases de atividade e de remissão.
Acredita-se que uma em cada 1.700 mulheres brasileiras tenham a doença. Apesar de não ter cura, o lúpus pode ser controlado com uso de remédios que ajudam a diminuir a ação do sistema imune.
2 – 36% da população geral não sabe que lúpus é uma doença
Infelizmente, o segundo fato trata do conhecimento geral da população sobre a doença.
Há quem acredite que a meningite é mais comum do que o lúpus. No entanto, a estimativa é que por ano, cerca de 1,7 milhões de pessoas no mundo contraem meningite, enquanto 5 milhões de pessoas convivem com o lúpus.
Uma pesquisa realizada em 16 países, com mais de 16 mil entrevistados, revelou que 36% dos entrevistados não sabiam que lúpus é uma doença e, cerca de 11% acreditam que o lúpus é uma bactéria.
Destes, 51% não sabiam quais são as complicações que o lúpus pode causar como falência renal, anemia ou ataque cardíaco, por exemplo.
E a informação mais curiosa de todas: apesar do lúpus não ser uma doença contagiosa, 13% dos entrevistados acreditam que ter uma relação sexual, sem proteção, pode contribuir para desenvolvê-la.
Essa pesquisa foi feita em 2006, apoiada pela Federação Mundial de Lúpus (World Lupus Federation). Mesmo decorrido muitos anos, desde então, a desinformação é um dos motivos para a falta do diagnóstico correto e até do preconceito.
3 – Quem tem lúpus precisa usar filtro solar com fator de proteção 30 ou mais
A exposição solar para quem tem lúpus pode desencadear uma reação inflamatória que é capaz de afetar não só a pele, mas estruturas como: articulações, cérebro e rins.
Quando a crise se instala, geralmente é necessário entrar com medicação que, na maioria das vezes, é à base de corticoides.
Por isso, quem tem a doença precisa utilizar bloqueadores solares com fator mínimo de proteção número 30. Há evidências de que usar o protetor solar, mesmo em dias nublados, é fundamental para evitar uma crise.
Veja quais são as dicas e recomendações dos especialistas para esses pacientes, em caso de exposição ao sol:
- Passar o equivalente a uma colher de chá de protetor no rosto e pescoço; uma colher de chá na parte da frente do tronco e a mesma medida na parte de trás; uma colher de chá em cada braço; uma colher de chá na parte da frente das coxas e pernas e a mesma medida na parte de trás;
- Usar óculos escuros para ajudar a prevenir problemas na região dos olhos que podem afetar os portadores de lúpus;
- Não esquecer de utilizar chapéus e roupas leves, sempre que possível;
- Praticar atividade física, pois é muito importante para controlar e estabilizar a doença, além de fornecer resistência aos portadores.
4 – As manifestações de lúpus são tão variadas que dois pacientes podem ter a doença com sintomas completamente diferentes
Existem dois tipos de lúpus: o Lúpus Eritematoso Discoide que é cutâneo e se restringe a pele e couro cabeludo.
E o lúpus conhecido como LED, o Lúpus Eritematoso Disseminado ou sistêmico, que pode acometer diversas partes do corpo, como cérebro, coração, pulmão, rins, aparelhos digestivos, o sangue, articulações, além de também contar com manchas na pele.
Por exemplo, um paciente pode ter lúpus com artrite, anemia e alterações laboratoriais e outro com lesões na pele e inflamações nos rins. Os dois são lúpus, mas em sistemas diferentes.
5 – Globalmente, a cada 100 mil pessoas, cerca de 40 a 100 são portadoras de lúpus
A estimativa é que cerca de 5 milhões de pessoas no mundo tenham a doença, segundo a Lupus Foundation of America.
A forma mais séria e comum do lúpus é o Lúpus Eritematoso, também conhecido como LES. Ele afeta, principalmente, mulheres: 9 em cada 10 pacientes são mulheres.
O tipo mais sério da doença afeta aproximadamente 70% de todos os casos de lúpus no mundo e os sintomas podem variar em gravidade e intensidade.
Alguns dos sintomas mais comuns incluem fadiga debilitante, dor intensa nas articulações e eritemas – manchas na cor avermelhada que ocorrem devido à dilatação dos vasos sanguíneos – em formato de borboleta na face.
Gostou de se informar mais sobre o lúpus? Compartilhe com quem mais achar importante. E, caso tenha identificado qualquer sintoma anormal como os citados aqui, agende uma consulta em uma de nossas unidades ou por telemedicina.
Você pode viver muito melhor, ao receber os tratamentos corretos e mais indicados para o seu caso.