E agora, como descobrir o tipo sanguíneo e quem pode doar?

Muitas pessoas não têm ideia de qual é ou como descobrir o tipo sanguíneo. No entanto, essa informação, apesar de bastante específica, é essencial para uma série de situações.
Como exemplo desses momentos, podemos pensar na doação de sangue, urgências médicas nas quais é importante conhecer a compatibilidade entre familiares ou em casos de emergência em que uma transfusão se faz necessária.
Mas, afinal, como descobrir o tipo sanguíneo e o que isso impacta na sua vida? Te convidamos a acompanhar esse conteúdo em busca dessas e muitas outras informações sobre o tema. Vamos lá?
Tá, me conta como descobrir o tipo sanguíneo?
Os tipos sanguíneos são heranças genéticas determinados pela presença de antígenos e anticorpos nas hemácias, células sanguíneas conhecidas como glóbulos vermelhos ou eritrócitos.
Para descobrir o seu, existem algumas maneiras. A primeira é o exame de tipagem sanguínea. Nessa análise, observa-se a reação do sangue à presença dos antígenos e anticorpos.
O resultado será, segundo o hemocentro da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso, uma das quatro opções abaixo:
- Tipo A: presença do antígeno A e do anticorpo B;
- Tipo B: presença do antígeno B e do anticorpo A;
- Tipo AB: presença dos antígenos A e B e ausência de anticorpos;
- Tipo O: ausência de antígenos e presença de anticorpos A e B.
Existem ainda mais duas maneiras de chegar a essa resposta.
Você pode procurar algum exame de sangue anterior, pois é muito comum que os médicos já tenham pedido a tipagem sanguínea em algum check-up.
Por fim, a última forma de descobrir é fazendo uma doação de sangue. Isso porque, é necessário fazer a tipagem para identificar e destinar o sangue a receptores compatíveis.
E fator RH, o que é?
Geralmente, essa informação acompanha o resultado da tipagem sanguínea, e vem representada com um sinal de + ou -.
O fator RH corresponde a um antígeno presente nas hemácias. Quando o resultado é positivo, quer dizer que ele está presente, enquanto se o resultado é negativo, está ausente.
Mesmo sabendo quais são os tipos sanguíneos, são tantas letras e símbolos que fazer confusão parece fácil, não é mesmo?
Esse dado já pode ser incluído na carteira de identidade e habilitação, a critério do solicitante. Nos documentos, o tipo sanguíneo será identificado pelos caracteres A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+ ou O-.
Por que essa informação é importante?
Ter esse dado sempre à mão é essencial numa emergência, por exemplo, facilitando o trabalho dos socorristas e preservando a vida do paciente, que numa eventual transfusão só pode receber tipos sanguíneos compatíveis.
Como funciona a doação de sangue?

Para doar é preciso procurar as unidades de coleta de sangue, como os hemocentros, e checar se você atende aos requisitos.
Normalmente, o processo é feito da seguinte maneira:
- Recepção e cadastro: no local será feito um cadastro com dados pessoais e gerais. É necessário levar um documento com foto;
- Triagem clínica: nessa etapa, os profissionais de saúde avaliam as condições do doador e os riscos para a pessoa que vai receber. Essa entrevista pode identificar questões de saúde que não podem ser detectadas por testes laboratoriais;
- Coleta: a coleta do sangue que será doado dura em torno de 15 minutos, é feita com material esterilizado, descartável e não apresenta nenhum risco para o doador. Para doar, consuma alimentos leves antes e não vá em jejum. Não ingira bebida alcoólica 12 horas antes e não fume duas horas antes;
- Depois da doação: recomenda-se um pequeno lanche e muita hidratação. Também deve-se evitar esforços físicos, pelo menos nas primeiras 12 horas, não fumar por 2 horas, evitar bebidas alcoólicas e não dirigir veículos de grande porte, trabalhar em andaimes e praticar paraquedismo ou mergulho.
A frequência de doação varia conforme o sexo. Mulheres podem repetir até 3 vezes no ano, respeitando o intervalo mínimo de 90 dias entre as doações. Já os homens, podem até 4 vezes no ano, respeitando o intervalo mínimo de 60 dias.
Quem pode doar sangue?
Segundo o Ministério da Saúde e o Hemocentro de São Paulo, todas as pessoas entre 16 e 69 anos que pesem mais de 50 kg podem ser doadoras.
Os menores de 18 anos necessitam do consentimento formal do responsável e as pessoas entre 60 e 69 anos só poderão doar, se já o tiverem feito antes dos 60 anos.
Porém, alguns fatores impedem a doação temporária ou definitivamente. Veja a seguir:
Impedimentos temporários:
- Gripe, resfriado e febre: somente após 7 dias do desaparecimento dos sintomas;
- Período gestacional;
- Pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana;
- Amamentação: 12 meses após o parto;
- Ingestão de bebida alcoólicas nas 12 horas que antecedem a doação;
- Tatuagem e/ou piercing: 12 meses após o procedimento;
- Extração de dente: 72 horas;
- Apendicite, hernia, amigdalectomia, varizes: 3 meses;
- Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos, tireoidectomia, colectomia: 6 meses;
- Transfusão de sangue: 1 ano;
- Exposição a situações de risco para Infecções Sexualmente Transmissíveis: 12 meses após a exposição;
- Acupuntura realizada com material descartável: aguardar 24 horas;
- Vacina contra gripe: 48 horas;
- Vacina contra coronavírus: 48 horas após cada dose de Coronavac, 7 dias para cada dose da AstraZeneca, Pfizer, Janssen-Cilag e Moderna.
Impedimentos definitivos:
- Ter tido hepatite após os 11 anos;
- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas ao vírus HTLV I e II e doença de chagas;
- Uso de drogas ilícitas injetáveis;
- Malária.
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Quem pode doar para quem?
Em casos de doação eletiva, o mais indicado é que seja realizada com o mesmo tipo sanguíneo e fator RH entre doador e receptor.
Porém, nos casos em que a transfusão se faz de maneira emergencial, é possível fazer o procedimento com tipos sanguíneos compatíveis.
Observe como se dá a compatibilidade sanguínea:

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Fontes: